10 melhores cidades para surfar no Brasil

Fernando de Noronha espera por você com as melhores ondas de dezembro a março, quando os swells vêm das tempestades de inverno no Atlântico Norte. Como apenas 675 pessoas podem visitar o arquipélago por dia, é essencial cuidar da papelada com antecedência, mas o visual de paraíso perdido compensa.

Há vários picos perfeitos, mas o mais famoso é a Praia do Cacimba do Padre, onde as ondas chegam a 3 metros de altura e você pode curtir o mar com a benção do Morro Dois Irmãos, um dos cartões-postais do arquipélago. Também vale conferir as praias da Quixaba e do Boldró, com ondas rápidas e tubulares, e a Laje do Bode, com ondas de 1 a 2,5 metros de altura.

Florianópolis é um destino consagrado por surfistas, e a primeira parada em águas manezinhas é sempre a Praia da Joaquina. As águas cristalinas rodeadas por rochas, dunas e mata são o palco de vários campeonatos do esporte. Já a Praia Mole também tem ondas tubulares e que podem chegar a 3 metros de altura, ainda mais nos dias de ressaca.

Apesar do nome, a Praia Brava é um pouco mais tranquila e perfeita para quem ainda está aprendendo. O lugar também recebe menos visitantes, então a chance de passar vergonha ao tomar um caldo é menor. Deixe a Praia do Campeche para quem já é profissional. Entrar e sair das ondas pode ser mais difícil, e a correnteza também é forte.

Um dos points tradicionais do surfe no Rio, a Barra da Tijuca não oferece apenas um lugar específico para surfar, já que todos os 14,4 quilômetros da praia têm boas ondas. Assim, a dica é percorrer a orla de carro até encontrar o lugar perfeito. O Postinho é o pico mais famoso e é ótimo para pegar tubos e fazer manobras, com ondas fortes e cavadas que vão de 0,5 a 2,5 metros de altura.

Mais ou menos no meio da praia, fica a vala do Barramares, e, com sorte, você vai pegar tubos de calibre internacional. Mas quem avisa amigo é. Corra para a academia antes e se prepare para encarar a correnteza forte e os quebra-cocos.

Não é à toa que a Plataforma de Atlântida fica na cidade de Xangri-lá. Você vai precisar de toda a força da juventude para encarar as ondas nesse point histórico do surfe no Brasil. Mantenha uma distância segura da plataforma, que avança 280 metros sobre o mar, e aproveite as ondas longas de esquerda em dia de corrente vinda do nordeste. Vale a pena esperar também pelo swell do sul.

Com sorte, você pode pegar um mar mais maneiro com ondas de 1 a 1,2 metro e até tubos. Para quem prefere só assistir, a Plataforma oferece uma atmosfera bem família e conta até com um restaurante para você almoçar como se estivesse no meio do mar.

O canto do Arpoador é conhecido como o berço do surfe no Rio. Nos anos 1950, o pessoal começou a descer as primeiras ondas a bordo de tábuas improvisadas. O point é histórico, mas também acolhe de braços abertos quem é iniciante, com ondas ideais em dias de mar calmo.

Quem é mais experiente vai ver que, com uma ondulação grande vinda do sudeste, a onda até ameaça quebrar na Terceira Laje, mas corre perfeita e lisa até a praia. Não perca essa sensação incrível de surfar a mesma onda do começo ao fim. Como o lugar é bem tradicional, convém respeitar a hierarquia e deixar a Terceira Laje e o Pontão para as pratas da casa.

A Praia de Pipa foi descoberta por amantes do surfe na década de 1970, e, desde então, é um dos principais points do esporte no Nordeste. Aqui, as ondas chegam a 2 metros e cada trecho tem um estilo. Na Lajinha, elas são fortes, curtas e tubulares e mais fáceis de pegar no lado direito. Já, em Cacimbinhas, você pode se divertir nas duas direções.

Bem pertinho do centro, a Praia do Amor é o grande pico de Pipa. Com a orla em formato de coração, o lugar faz a alegria de quem ama o esporte, com ondas fortes e rápidas. Nos dias de pouco vento, também é possível encarar vários tubos.

O verão na Bahia é um sonho, mas você encontra as melhores ondas de Itacaré no inverno, quando chegam a 3 metros de altura. Quem acha que tamanho não é documento pode curtir ondas de até 2 metros o resto do ano. Um dos picos mais famosos é o Havaizinho, que não leva esse nome à toa. Formado por 3 praias pequenas, o lugar é cercado por coqueiros e recife e tem ondas fortes.

Na Praia da Tiririca, bem perto do centro, você encontra ondas de 3 metros e ainda pode conferir campeonatos de surfe. Para quem quer ir mais longe, a grande pedida é a Praia de Jeribucaçu, que promete altas ondas em uma paisagem de beleza rara.

O pico mais famoso de Búzios, a Praia de Geribá tem ondas de até 1,5 metro de altura, o que torna o surfe bem mais divertido. Deixe a criançada brincando no lado esquerdo da praia, onde o mar é mais tranquilo, e se aventure na direção oposta. As ondas começam a ficar mais fortes já no meio, e o canto direito é mais indicado apenas para quem já tem mais experiência, com ondas que se sustentam por um bom tempo.

Ao planejar a sua viagem, não esqueça que as melhores épocas para surfar são o outono e a primavera. E, para quem esqueceu a prancha ou não quis trazer na bagagem, também é possível alugar uma por aqui.

Uma das praias mais conhecidas do Litoral Norte de São Paulo, Itamambuca está entre os melhores 100 picos do mundo para surfar. E pode entrar na água sem medo. O mar aqui acolhe tanto quem é profissional quanto quem está estreando a prancha só agora. Em geral, você vai encontrar aquela marolinha com ondas pequenas, mas, de acordo com o nível do mar, podem rolar até tubos.

Aproveite as ondulações do sul e capriche nas manobras nas ondas longas vindas do lado direito. Quem prefere assistir vai adorar o clima de tranquilidade e o visual emoldurado pela Mata Atlântica. E leve a nova geração de surfistas com você sem preocupações, já que a criançada vai adorar brincar no Rio Itamambuca.

Quem acha que só dá para surfar no mar precisa encarar uma aventura na água doce da pororoca, no Pará. Esse fenômeno acontece quando a correnteza do Rio Capim, em São Domingos do Capim, se encontra com a corrente do Atlântico. A maré avança sobre o rio, formando uma bateria de ondas poderosas.

Nesse tsunami fluvial, as ondas podem chegar a 4 metros de altura e são bem longas. Diz a lenda que é possível surfar a mesma onda por até 1 hora, enquanto a gente curte a paisagem da mata. No entanto, é bom respeitar a força das águas, já que a pororoca é forte a ponto de virar barcos.