A cidade mais cantada em prosas e versos, sambas e bossa nova, de Noel a Caetano, de Tom Jobim a Tim Maia. Há muito o que fazer no Rio de Janeiro, que, como diz a letra da canção de Gilberto Gil, “continua lindo”.

Há tantos pontos turísticos e atrações, que a cidade tem sido, por décadas, o destino brasileiro que mais atrai turistas internacionais.

Os  encantos do Rio de Janeiro são simplesmente irresistíveis. A cidade é cartão-postal do Brasil no exterior, quando o assunto é a indústria do turismo. Aqui, neste post, você vai ficar por dentro de tudo o que fazer no Rio de Janeiro para curtir sua estada na Cidade Maravilhosa.

Dicas do que fazer no Rio de Janeiro

Qual é seu estilo? Banquinho e violão? Surdo e tamborim? Praia e sol? Cair nas quebradas do funk? Seja qual for, no Rio de Janeiro, você está em casa.

Do barquinho passando na imensidão do Atlântico, na manhã de sol, fotografado na bossa de Bôscoli e Roberto Menescal, à fervura dos 40 graus imortalizada em filme e funk de morro, na voz de Fernanda Abreu, o Rio é uma explosão de cores, festa, musicalidade, suingue e diversão.

Abençoada por Deus e bonita por natureza, tropical como Benjor, a “Cidade Maravilhosa” continua cheia de encantos mil, como sempre nos atestou a famosa marchinha de carnaval composta por André Filho.

Ficaríamos um dia inteiro aqui lembrando as canções – para não citarmos poemas, romances, filmes, séries, novelas, pinturas, peças de teatro e todas as demais manifestações artísticas – que já tentaram traduzir o misterioso encanto da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

De André Filho, que compôs em 1935 a marchinha que se tornou hino (inspirada num poema de Jane Catulle Mendès, francesa que cunhou o termo “Cidade Maravilhosa” em 1913) até os dias hoje, lá se vão oito décadas de louvor aos encantos do Rio.

Mas por que tanta badalação? Dorival Caymmi perguntou, em uma de suas obras imortais: “você já foi à Bahia, nega? Não? Então vá”. A frase se aplicaria perfeitamente também à cidade do Rio de Janeiro.

Não foi ainda? Então vá. Se já foi, sabe como é difícil explicar em palavras a sensação de estar em Copacabana, com seus bares à beira-mar, apreciando a obra prima da natureza criada e recriada diante de seus olhos.

Ou em Ipanema, bebericando algo num restaurante acolhedor, apenas aguardando a passagem daquela garota de Tom Jobim, com seu “doce balanço, a caminho do mar”.

O Morro Dois Irmãos, o Pão de Açúcar e o bondinho, as praias dos bairros de Copacabana, Vidigal, Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca (entre tantas outras), o Estádio do Maracanã, o Estádio Nilton Santos, o bairro boêmio da Lapa e seus arcos, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, as florestas da Tijuca e da Pedra Branca, a Quinta da Boa Vista, a Biblioteca Nacional, a ilha de Paquetá, o Réveillon de Copacabana, o carnaval carioca, a Bossa Nova e o samba.

Tudo isso muito bem vigiado pela magnífica estátua do Cristo Redentor sobre o morro do Corcovado. Isso é o Rio!

Abençoado é aquele que tem o privilégio de percorrer a cidade do Rio de Janeiro pelo menos uma vez em toda vida. Ainda mais agraciado com a sorte aquele que pode retornar à Cidade Maravilhosa outras vezes, para visitar recantos talvez desconhecidos, que esperam por ser descobertos pelo visitante ousado e curioso.

É bom que se diga que parte da cidade foi designada Patrimônio Cultural da Humanidade, com o título “Rio de Janeiro: Paisagem Carioca entre a Montanha e o Mar”, classificada pela UNESCO em 1 de julho de 2012 e categorizada como uma Paisagem Cultural.

Recentemente, em 18 de janeiro de 2019, a cidade foi eleita pela UNESCO como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.

Se todos os poetas, romancistas, pintores, músicos e cineastas ainda não deram conta de traduzir tanto encanto e beleza, que será de nós, com nossas câmeras de celulares, a percorrer suas praias e morros, na tentativa de capturar essa sensação única de pertencimento a um lugar mágico?

Como descrever a turbulência interna provocada pela bateria da Mocidade Alegre de Padre Miguel na avenida, o mar verde e rosa da Mangueira cobrindo a passarela, as passistas hipnotizantes de Salgueiro, o azul vivo de Portela, feito o manto azul da padroeira do Brasil abençoando o sambódromo.

Quando o morro desce para cantar o samba no asfalto, não há quem fique impune. O Carnaval do Rio é uma das 10 maravilhas do mundo moderno.

O Rio de Janeiro é algo assim. Um lugar de um encanto tão especial que é necessária a real presença em suas areias e calçadas à beira mar, numa roda de samba ou na arquibancada do sambódromo para minimamente entender aquilo que desafia os artistas.

Mar azul, pôr do sol, areia e gente bonita na orla, gente bonita nos morros, alegria, sensualidade, música e poesia. Natureza pra lá de exuberante, muita arte e cultura. Você já foi ao Rio? Não? Então vá!

Culinária carioca: sabores à beira-mar

O Rio de Janeiro é uma cidade cosmopolita, a segunda maior capital brasileira, apenas atrás de São Paulo. Sendo assim, a experiência gastronômica da cidade é de uma variedade infinita. Há pequenas biroscas com quitutes surpreendentes e cervejas estupidamente geladas por preços bem módicos e também os mais requintados restaurantes com chefs consagrados da cozinha internacional.

Portanto, o mais importante é decidir que tipo de experiência gastronômica você está buscando.

Nos recantos menos explorados, o visitante ainda pode encontrar os bares populares, com cadeiras nas calçadas, onde eventualmente haverá um bom samba de roda e generosas porções de bolinhos de picanha ou cuscuz de feijão de corda.

Há sempre uma boa opção entre os bares cariocas para quem deseja experimentar novidades e desafiar o próprio paladar.

Adega Pérola

Poderia ser apenas mais um bar e pode até passar despercebido ao visitante distraído. Mas basta um pouco de atenção para descobrir os mais de 70 tipos de comidinhas em conserva expostos no balcão.

Entre os petiscos, estão: cogumelos temperados, rabanete, azeitona preta temperada, pepino em conserva, sardinha e camarão. Uma viagem de sabores que pede sempre o acompanhamento luxuoso de uma caipirinha e cerveja bem gelada.

Pici Trattoria

Chegamos à sofisticação de uma casa internacional. As massas oferecidas são artesanais e deliciosas. O carbonara é sem creme de leite, com panceta, massa de fio longo e ovo de gema mole para ser misturado na hora.

O carro chefe, contudo, é o Pici, uma massa rústica típica de Siena, feita com pomodoro, linguiça artesanal e shitake. O polvo também merece destaque, bem como as bruschetas de entrada.

Angu do Gomes

O bar e restaurante de característica simples, porém muito aconchegante, fica no centro do Rio, longe da sofisticação das grandes casas. Mas surpreende o paladar pelas ousadias.

Entre tantas iguarias, não deixe de experimentar a Empada do Angu, uma empada com farinha de angu, recheada com carne seca e creme de polenta com queijo cremoso, cobertos com crispy de calabresa e queijo parmesão.

Como se locomover no Rio

O Rio é uma cidade grande em dimensão territorial, possui uma grande variedade de opções de transporte coletivo e também outras alternativas mais modernas, como os carros por aplicativo e as bicicletas.

Mas a cidade também tem sérios problemas de trânsito e engarrafamentos. Portanto, é importante escolher muito bem seu meio de transporte, a depender do percurso, local de origem e destino.

Os ônibus urbanos chegam a todos os cantos da capital. Mas pode ser uma experiência difícil para algumas regiões mais centrais, praias movimentadas e nos horários de pico. Há sempre chance de congestionamento.

Uma das alternativas é o BRT, um meio de transporte articulado que trafega em um corredor rodoviário exclusivo, encurtando a viagem.

Há também uma boa malha de metrô que cobre as regiões mais centrais e o entorno. No carnaval, a rede funciona ininterruptamente. No Réveillon, também funciona com horários especiais.

Para quem quer percorrer o centro antigo do Rio, a dica é usar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deu nova vida à região. É inspirado nos antigos bondinhos, mas com ares muito mais modernos.

Pelos trilhos, tem-se a chance de percorrer não apenas lugares da região, mas também estar próximo aos ônibus, trens, metrô, barcas, catamarãs, porto e ao aeroporto Santos Dumont.

Por fim, o visitante pode contar também com os veículos de transporte por aplicativo, que são várias empresas administradoras, os táxis comuns e os especiais (com pontos nos aeroportos). Há ainda barcos e catamarãs que fazem o transporte pela água, com paradas em várias praias da cidade.

Quem está com o fôlego em dia pode usar as bicicletas do projeto BikeRio. Se estiver pela zona sul e quiser andar por lá mesmo, esse ainda é o melhor transporte. Enfim, não é a escolha do transporte que será um obstáculo a tanto o que fazer no Rio de Janeiro.

Quando ir e quanto tempo ficar no Rio

O verão no Rio de Janeiro já é quase lenda. Muito sol, praias cheias, gente bonita e noites inesquecíveis. É também o período dos dois maiores acontecimentos da cidade, o Réveillon em Copacabana e o carnaval no Sambódromo.

Esses são, com toda razão, eventos que encantam o visitante. Principalmente o desfile das escolas de samba, um show que atrai milhares de turistas de todo o mundo durante os dias de carnaval.

Mas não se lamente caso não possa estar na “Cidade Maravilhosa” durante o verão. A exuberante natureza continua no mesmo lugar o ano todo e os bares e restaurantes certamente terão um atendimentos mais personalizado fora da alta temporada.

Em todas as estações o convite para o encantamento é o mesmo. Se, no verão, o Rio é calor e badalação, no restante do ano, pode se transformar numa experiência ainda mais surpreendente, principalmente para os que gostam de visitar os principais pontos turísticos sem atropelos ou filas.

É por isso que o tempo de visita ao Rio de Janeiro é indeterminado. Há os que gostam de estar na cidade durante as festas de fim de ano para curtir a queima de fogos, o agito de Copacabana e as festas VIP’s espalhadas por todo o canto. Mas há os que preferem guardar uma semana de carnaval para não perder nada, nem os blocos nem o desfile das escolas de samba.

Há ainda aqueles que querem o Rio de Janeiro mais privativo, longe do agito e das multidões, e escolhem um período de descanso quando possam curtir melhor as praias e atrações turísticas.

O certo é que nem em dois dias nem em dois meses o visitante vai conseguir percorrer tudo o que o Rio tem de melhor. E, no entanto, basta alguns minutos com os pés nas areias de Copacabana para sentir a força magnética dessa cidade.

Como chegar ao Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro possui dois aeroportos. O primeiro, o Aeroporto Santos Dumont, está localizado na área central da cidade e opera principalmente voos nacionais. Já o Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido como Galeão, está a cerca de 20 km do centro.

Os dois aeroportos têm grande quantidade de voos diários e contam com estruturas eficientes. O que os diferencia é principalmente a localização – viajar através do Santos Dumont é mais prático para quem segue para a Zona Sul ou Centro.

Há também uma grande malha de rodovias que chegam até a capital carioca. De Belo Horizonte, é preciso percorrer cerca de 430 km, a maior parte na BR-040. Atravessa-se a região serrana do Rio. De São Paulo há duas alternativas, a primeira percorrendo os 400 km pela Via Dutra.

Apesar de ter quatro pedágios nesse caminho, é o meio mais rápido de se chegar ao Rio.  O outro é encarar com calma a Rio-Santos, caminho mais longo e demorado, porém com paisagens inesquecíveis. Viagem para se fazer sem pressa e curtindo cada quilômetro.

Já do Espírito Santo ou de outros estados ao norte do Rio, o principal acesso é pela Rodovia BR-101.

É possível chegar também de ônibus, uma vez que a rodoviária do Rio de Janeiro opera com diversas empresas diretamente para muitas capitais e cidades importantes de todo o Brasil.

A Rodoviária do Rio, que fica próxima ao Centro e à Zona Sul, tem saídas e chegadas diárias e, entre as principais empresas, estão a 1001, Itapemirim e São Geraldo.

É bom lembrar que há muitos cruzeiros que chegam no Rio de Janeiro. Partindo de cidades litorâneas importantes de norte a sul do Brasil, mais destacadamente dos estados de São Paulo e Espírito Santo. Alguns cruzeiros fazem paradas de alguns dias na capital carioca, para que os hóspedes possam visitar a cidade.

Onde se hospedar no Rio

De maneira geral, as melhores praias e atrações turísticas da cidade do Rio de Janeiro concentram-se na região sul, e é também onde concentra-se o maior número de hotéis e pousadas da cidade.

Hospedar-se na zona sul é garantia de estar mais próximo de tudo o que torna a cidade tão maravilhosa, das melhores atrações e de tudo mais o que fazer no Rio de Janeiro.

Há uma diversidade de hospedagens nas praias de Copacabana, Ipanema, Vidigal, Leblon e mesmo nos bairros sem praia, como Botafogo, Flamengo, Catete e Laranjeiras.

Há também boas opções na região central, onde historicamente esteve concentrado o turismo de negócios. Mas esse perfil também vem mudando sutilmente com o passar do tempo, graças aos projetos de restauração do Rio Antigo.

A Barra da Tijuca é o melhor lugar para quem chega ao Rio atraído pelos grandes eventos e shows, como o Rock in Rio, na área do Parque Olímpico. Há ainda a Lapa, com seus monumentos e características históricas muito próprias.

Hoje em dia, a região portuária está totalmente revitalizada, ganhou novas atrações turísticas, como a reforma da Praça Mauá, o Museu do Mar e o Aquário. Por fim, o visitante pode optar por Santa Teresa, um bairro histórico, de casario preservado, localizado numa colina ao lado da Lapa e do Centro.

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O que fazer no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa

Gustavo Souza | Viajante compulsivo