Rua da Glória no Rio de Janeiro

Quais são os destaques da Rua da Glória?

Um dos maiores símbolos da Belle Époque no Rio é a Praça Paris, projetada pelo paisagista francês Alfredo Agache. E ao caminhar pelos jardins bem cuidados e por entre os vários monumentos e estátuas, a gente tem a impressão de estar mesmo na Europa – mesmo com o calor do Rio de Janeiro. A Praça foi projetada sobre um aterro e inaugurada em 1927.

Aproveite para fazer uma corrida ou caminhada, ou simplesmente se sentar em um dos banquinhos e observar a simetria perfeita entre os gramados, o lago e o chafariz. Outro passeio divertido é tentar identificar os homenageados nos muitos bustos e estátuas espalhados pela praça. Entre os destaques estão as esculturas em estilo greco-romano que representam as quatro estações do ano e os felinos em mármore de Carrara assinados pelo escultor francês François Auguste Hippolyte Peyrol.

A Praça Paris também é um dos lugares favoritos de quem mora por ali para fazer um piquenique. A cerca ao redor do local e uma cabine da Guarda Municipal ajudam a garantir a segurança durante o dia e à noite.

Tradição imperial

Outro lugar que vale a pena conhecer na região é o Outeiro da Glória, uma igrejinha em estilo barroco construída no século XVIII. Para chegar até ela, você pode subir a Ladeira de Nossa Senhora ou economizar o fôlego pegando um elevador gratuito. A igreja é pequena por dentro, mas compensa o tamanho com a beleza da decoração com azulejos portugueses em azul e branco.

Mas esse não é o único motivo pelo qual o Outeiro é tão disputado pelas noivas. Em 1819, a princesa Maria da Glória foi trazida pelo avô D. João VI para ser batizada na igreja. Desde então, todos os membros da família Bragança nascidos no Brasil também são batizados ali. Você pode visitar o Outeiro da Glória durante a semana, ou aproveitar para assistir à missa aos domingos.

Samba regado a caldo de cana

Se você estiver pela região em um domingo, não pode perder a Feira da Glória. Você pode aproveitar para comprar flores, frutas e verduras fresquinhas, mas não espere encontrar uma feira livre comum. É possível comprar de tudo: de melancia e especiarias a objetos de cerâmica e até inseticidas caseiros. Quando bate aquela fome, o pastel ou tapioca com caldo de cana é de lei, mas fica difícil fazer uma escolha mais tradicional com tantas alternativas gostosas, como bolo de aipim, sardinha frita, casquinhas de siri e caldo de mocotó. Aproveite para rebater tudo com uma cerveja local bem gelada, como a Império de Petrópolis.

A feira fica ainda mais animada com as rodas de samba e chorinho que acontecem pelo menos uma vez por mês. Não perca a Roda Gloriosa, com o violonista Paulão Sete Cordas, e o Pagode do Time Crioulo, que canta sambas de todas as épocas e também faz improvisos de partido alto.