6 lugares para conhecer na Chapada Diamantina

Apelidada de Machu Picchu baiana, Igatu fica escondida entre as montanhas e é um dos destinos mais charmosos da Chapada. Essa cidadezinha se destaca por suas construções feitas de pedra, pelo charmoso centro da cidade e pelas ruínas, que evocam uma viagem no tempo.

Vale a pena visitar a Galeria Arte e Memórias, um museu a céu aberto que conta a história da vila de Igatu. Apesar de hoje abrigar menos de 500 habitantes, Igatu já foi um importante centro urbano, em razão da mineração de diamantes.

O que não falta na Chapada Diamantina são cachoeiras deslumbrantes. Mesmo assim, não deixe de conhecer a Cachoeira do Buracão, considerada uma das mais bonitas da região.

Para chegar até lá, é obrigatório o acompanhamento de um guia local de Ibicoara, município em que está a cachoeira, assim como o pagamento de uma taxa para acesso ao parque municipal. Prepare-se também para uma trilha de 3 km, de nível moderado a leve. Lembre-se de levar água, protetor solar e usar calçados adequados.

Visite também o Poço Encantado, que tem esse nome por causa da cor da água, de um azul turquesa intenso, provocado pela presença de calcário pulverizado das rochas. Há quem diga que a população local acreditava que a água era encantada, já que, apesar de parecer azul aos olhos, tornava-se transparente quando colocada em algum recipiente ou tocada com as mãos.

É recomendado ir acompanhado por um guia, não só pelas histórias, mas também para ter o suporte necessário na descida até a caverna onde fica o poço. Por questões de preservação ambiental, não é permitido o mergulho.

Outra joia da Chapada Diamantina é o Poço Azul. O passeio até ele é bem fácil e não há trilhas a serem percorridas para chegar ao local. Nele, ao contrário do que acontece no seu “irmão” Poço Encantado, é permitida a flutuação. A única exigência é tomar uma chuveirada antes do mergulho para retirar qualquer resíduo de cremes etc.

Uma curiosidade sobre o Poço Azul é que ele é o maior sítio paleontológico submerso do país. No fundo do poço, escondidos em meio à matéria decantada, foram encontrados centenas de fósseis de animais pré-históricos, como preguiças gigantes. Eis aí um passeio que combina beleza e conhecimento.

Para comprovar que a Chapada tem de tudo, conheça também a terceira maior gruta do Brasil, a Gruta Lapa Doce, que faz parte de um sistema de cavernas repletas de belezas subterrâneas. A entrada só é permitida com guias locais e com o auxílio de lanterna. 

Na sequência, é possível visitar também a Gruta da Pratinha, localizada na Fazenda Pratinha, uma propriedade privada (por isso, paga-se uma taxa para entrar). Além da trilha, é possível descer uma parte de tirolesa se você fizer o estilo aventureiro.

O visual do Morro do Pai Inácio, com seus mais de 1.100 metros de altitude, é considerado o cartão-postal da Chapada Diamantina. Tanto que, segundo os locais, ir até a Chapada e não assistir ao pôr do sol do alto do morro é como ir a Paris e não conhecer a Torre Eiffel.

Mas quem seria o Pai Inácio? Diz a lenda que um escravo se apaixonou pela filha de um fazendeiro e disso houve uma gravidez. Temendo por sua vida, o escravo fugiu para o alto do morro e pulou de lá com um guarda-chuva aberto, para nunca mais ser visto.