Há muito o que fazer em São Paulo, a cidade é superlativa. Diferente do ditado que diz “de tudo, um pouco”, em São Paulo, a gente encontra “de tudo, muito”.
Na capital paulista, os negócios acontecem em grande escala, o dinheiro circula em proporções astronômicas, o tempo corre, o trânsito para, a garoa desce no fim da tarde e a noite nunca morre.
A cidade é também um dos principais centros de lazer e diversão, com uma indústria de entretenimento que movimenta milhões, além de parques, museus, shoppings, uma cultura inteira que borbulha em alta temperatura e uma gastronomia digna dos principais centros europeus. Tudo superlativo.
Neste guia, você vai ter uma excelente síntese de o que fazer em São Paulo, a cidade que nunca dorme.
O que fazer em São Paulo
A simples menção do nome da maior cidade e maior capital do Brasil – além de ser uma das maiores cidades do mundo – é o suficiente para fazer com que nossa mente crie imagens de uma cidade totalmente urbana, com avenidas que se movem como serpentes de luzes infindáveis, arranha-céus que escalam o ar em direção ao infinito e gente andando com muita pressa de um lado para o outro, sempre com algum compromisso, sempre com o tempo muito curto.
Pare! Essa é apenas uma das imagens dessa cidade que está entre as mais importantes do planeta. Há muito mais o que fazer em São Paulo do que apenas estar envolvido em algum negócio, uma reunião no vigésimo andar e trabalhar, trabalhar, trabalhar. São Paulo se diverte. E muito. E com muito charme e cultura, bom gosto gastronômico, incontáveis pequenos cantos encantadores, e – acredite – muita área verde em seus parques e bosques.
É verdade que a cidade se tornou um centro comercial de primeira grandeza. O turismo de negócios movimenta milhões. Mas em sua dimensão superlativa, São Paulo encanta também pelos seus atributos de diversão, lazer e cultura. E são tantas e tão variadas as opções, que mesmo que esta postagem pudesse ser 3 ou 5 vezes maior, ainda seria um resumo das opções que o viajante atento pode encontrar na capital.
Vamos começar pelo coração verde da cidade: o Parque do Ibirapuera, grande quintal arborizado do paulistano. São 158 hectares de área na região sul da cidade, com jardins projetados por Burle Marx (e executados por Otávio Augusto Teixeira Mendes) e construções com arquitetura de Oscar Niemeyer. Os projetos são tombados pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O parque, como um todo, é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.
Dentro do parque, considerado um dos mais belos do planeta, encontram-se o Museu Afro, Museu do Folclore, a Oca (onde são realizadas importantes exposições), auditórios para shows, pistas de caminhada, pista de bicicleta (que podem ser alugadas no local), pista para skate e patins e muitas outras atrações, com muita área verde. Há um restaurante dentro do próprio parque também.
Mas é só o começo. Para quem está à procura de cultura, uma visita ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), em plena Avenida Paulista, é obrigatória.
A começar pela arquitetura, com seu vão de mais de 70 metros entre os pilares de sustentação, o museu leva o nome de seu fundador, Assis Chateaubriand, e abriu as portas pela primeira vez em 1947.
O Masp possui a mais importante e abrangente coleção de arte ocidental da América Latina e de todo o hemisfério sul, em que se notabilizam os conjuntos referentes às escolas italiana e francesa.
O museu possui também uma extensa seção de arte brasileira e pequenos conjuntos de arte africana e asiática, artes decorativas, peças arqueológicas e outras, totalizando aproximadamente 8 mil peças. O acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O museu também abriga uma das maiores bibliotecas especializadas em arte do país.
Quem passa por São Paulo precisa conhecer um de seus pontos mais tradicionais: o Vale do Anhangabaú. Com jardins, obras de arte e 3 chafarizes, esse é hoje um cartão-postal do centro de São Paulo, de onde é possível vislumbrar edifícios, igualmente caracterizados como cartões-postais, como o Martinelli, o Banespa, o Teatro Municipal, o Shopping Light e o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura.
foto de Deni Williams (CC BY 2.0) modificada
O espaço também exerce a função de palco para a Virada Cultural, um evento tradicional da capital paulista que promove shows e atividades culturais pela cidade. Devido a sua ampla dimensão, o Vale é considerado um espaço adequado para reuniões públicas de grande porte e foi até mesmo palco do maior comício público brasileiro, nas manifestações das Diretas Já.
Como recebe imigrantes de todo o mundo, São Paulo também se transformou num centro de cultura e culinária de vários povos. Assim, os italianos se concentraram na região do bairro do “Bixiga”, onde anualmente é realizada a Festa da Nossa Senhora da Achiropita, com muita culinária, música e outras atrações típicas.
Da mesma forma, na Liberdade estão os japoneses, com seus templos Zen, restaurantes orientais, lojas e muita tradição. Mas é possível encontrar recantos espanhóis, gregos, latino-americanos, franceses e, de maneira geral, de cada região do planeta, representada pela cultura, música, artes e culinária em vários pontos da megalópoles.
É imprescindível conhecer a Avenida Paulista, no sufoco dos dias de semana e no tapete de artes, que se estende ao longo de seus quarteirões aos domingos. A Praça da Sé com sua imponente catedral. Para as crianças, o Simba Safari, o Zoológico Municipal e outras dezenas de parques e bosques.
Atrações sem fim, seja durante o dia ou à noite, quando os melhores bares e casas de shows apresentam os artistas mais consagrados do mundo, os teatros apresentam peças e musicais de sucesso em grandes temporadas, as luzes nunca se apagam, a cidade nunca dorme. O problema não é o que fazer em São Paulo. É como fazer tudo.
Culinária do mundo cabe em uma única cidade
A exemplo de outras grandes e importantes cidades do mundo, em São Paulo, o visitante pode comer o quiser e na hora que desejar. Não há limite para a gastronomia na capital. Culinária de todas as regiões brasileiras, de norte a sul, e de todas as regiões do mundo, com total sofisticação ou no meio da rua, em uma das muitas feiras ao ar livre.
Um churrasco grego na 25 de Março, em meio aos ambulantes. Um cordeiro no tradicionalíssimo Terraço Itália, com a cidade a seus pés. Uma deliciosa e típica empanada chilena, uma buchada de bode do nordeste brasileiro, um grande vinho francês ou a cachacinha mineira. Pense, procure e realize.
Do sanduba de mortadela no Mercado Municipal ao mignon ao madeira, no Jardins, do churrasquinho de esquina em Itaquera ao bolinho de bacalhau na Paulista, do cachorro quente no centro antigo ao delicado risoto de manga no Shopping Plaza, em todo e qualquer canto os restaurantes e bares se multiplicam, ao lado de belas paneterias, empórios e armazéns.
As massas no Bixiga, os sushis na Liberdade, o churrasco gaúcho nas melhores casas do ramo, a delicadeza francesa e assim por diante. Mesmo nos bares mais periféricos o visitante pode encontrar uma boa moela de frango, um chouriço, o pastel frito na hora, ao lado dos quibes árabes, das melhores pizzarias do mundo (segundo a opinião de muitos).
Trata-se de uma completa viagem gastronômica, a gosto do freguês. Aqui, alguma amostra dos surpreendentes restaurantes paulistanos.
Paellas Pepe
A Espanha está muito bem representada no restaurante Paellas Pepe, no coração do bairro Ipiranga. A casa oferece tradicionais pratos espanhóis, com muito jamón e porções enormes da deliciosa paella.
Mas o que realmente o destaca dos outros são as apresentações de flamenco aos fins de semana. Você vai se sentir em Sevilha sem sair do sudeste da cidade de São Paulo.
Barnabé
A cultura de diferentes regiões do Nordeste do Brasil está presente no Barnabé, restaurante e cachaçaria localizado na Zona Norte. Os pratos típicos dominam o cardápio e transportam quem come diretamente para a região.
O “escondidinho” é o carro chefe, enquanto os pratos com Carne de Sol conquistam quem prova. Além disso, as sobremesas, como a Cartola (banana frita na manteiga, queijo e farofa de açúcar e a canela), encerram a refeição com muito sabor.
Così
As receitas desta típica cantina italiana dão conta de esquentar qualquer um por dentro. Colorido e naturalmente adocicado pela adição de beterraba, o risoto di barbabietola vem coberto por polpettas de pato em tamanho mini.
Do mar, o capellini alle vôngole, servido na conchinha, ganha ainda uma farofa de pão com ervas finas. Para terminar, torta de limão siciliano com sorvete de morango. A casa fica em Santa Cecília.
Como se locomover em São Paulo
Em razão da extensão da cidade, há uma variedade de meios de transportes para se locomover dentro da cidade de São Paulo. A maior parte da região central é cortada por uma malha de metrôs que, de maneira geral, funciona muito bem. Mas é preciso evitar os chamados horários de pico, próximo do período de entrada e saída dos trabalhadores.
Nos horários entre 7h30 e 8h30 da manhã e 17h30 e 18h30 no fim da tarde, mesmo com o aumento de vagões, as linhas de metrô costumam estar muito lotadas, com filas nos pontos de conexão, como a Sé.
Para as regiões mais distantes e Grande São Paulo, como região do ABC, o trem metropolitano cumpre uma missão importante, desafogando o trânsito intenso que se formas nas vias de acesso para esses limites da cidade.
Mas muitos empresários preferem se locomover de helicóptero, tornando a capital paulista a cidade com o maior número desses veículos em toda a América Latina.
Há ainda uma boa extensão de ciclovias no entorno das áreas mais centralizadas, locais onde já estão em atividade servidos de bicicletas e patinetes motorizados, acionados por aplicativo. É necessário baixar o aplicativo e comprar um valor em créditos, que são descontados de acordo com a quilometragem usada, tanto da bicicleta como nos patinetes motorizados.
De resto, a cidade conta com uma grande frota de táxis, transporte urbano por aplicativo e linhas de ônibus urbanos, com pistas exclusivas para facilitar o trânsito.
Sempre há a opção dos veículos particulares, para quem viaja para a capital com o próprio carro ou motocicleta. Para os carros, é bom lembrar que há o sistema de rodízio de placas na área central e todo entorno.
Quando ir e quantos dias ficar em São Paulo
Conhecida como “Cidade da Garoa”, São Paulo pode ter as 4 estações num único dia. Uma garoa fina com alta nebulosidade pela manhã, que logo se transforma num forte calor pela hora do almoço, ganhando algum vento no final da tarde e acabando o dia debaixo de muita chuva.
Esse não é um quadro incomum, principalmente nos dias de verão, quando a nebulosidade que vem do litoral e alcança a capital.
Já no inverno, a cidade pode ter temperaturas bem baixas, mas raramente abaixo dos 10°C. Dias ou noites congelantes são acontecimentos raros, porém possíveis.
O melhor período para se visitar a capital a passeio ou a negócios é quando você precisar ou desejar. Mas é bom lembrar que, em dias de muita chuva, há regiões – principalmente próximas às marginais – com risco de inundação. Evite esses pontos com possibilidade chuva forte.
Seja lá o tempo que você ficar, se estiver realmente disposto, nunca vai faltar o que fazer em São Paulo. Há tanto o que ver, tanto o que visitar, tantas opções noturnas que os únicos empecilhos serão o tempo, a disposição e a verba que você tem para curtir a cidade.
Um fim de semana pode dar uma noção sintética do que se pode ter na cidade. Bons passeios durante o dia, visita a parques, exposições e museus, um bom jantar e uma esticada numa casa de shows para terminar a madrugada tomando café da manhã em uma das tantas padarias das esquinas da capital.
Como chegar a São Paulo
Se todos os caminhos levam a Roma, certamente passam antes por São Paulo. São 2 aeroportos internacionais próximos. Um deles, Congonhas, no coração da região Sul da cidade e o outro na grande São Paulo, mais precisamente na cidade de Guarulhos. Ambos com centenas de voos locais e internacionais, saindo e pousando a cada minuto. Para os que vêm de muito longe, esse é o meio de acesso mais rápido à cidade.
Do Rio de Janeiro, a Via Dutra é o caminho indicado, com quase 400 km. São, em média, 5 horas de viagem (a ponte Rio-São Paulo de aviões faz o percurso em 40 minutos). Dos estados do Sul, o caminho é pela BR 116, sempre disputada pelos caminhões de carga que chegam do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Para Minas Gerais, a Fernão Dias tem o mesmo problema, apesar de estar muito bem sinalizada e passar sempre por manutenção. Para o interior do estado, a partir da capital, há as Rodovias Anhanguera e Bandeirantes e, para o litoral, a Imigrantes e a Padre Anchieta, mais antiga e um pouco mais perigosa.
É evidente que a cidade também é servida por uma quantidade incontável de linhas de ônibus que chegam de praticamente todas as principais cidades brasileiras. É para São Paulo que se dirige o maior número de migrantes todos os dias, em busca de novas oportunidades. É em São Paulo que concorrem as principais companhia de transporte intermunicipal e interestadual.
Hotéis em São Paulo
O centro e a região do entorno possuem os melhores e mais diversos hotéis para quem deseja se hospedar na capital. Assim como tudo na cidade, é uma quantidade incontável de opções, desde hotéis mais simples até os mais luxuosos 5 estrelas, com direito a restaurante internacional, piscinas e heliporto.
Há os hotéis próximos aos aeroportos, indicados para os que estão na capital a negócios, para uma visita rápida. Mas há outros próximos a locais mais atrativos da cidade, como grandes estádios dos clubes paulistas, nas regiões nobres da Zona Sul, na Paulista ou ainda da Universidade de São Paulo (USP) e outros pontos.
A escolha sobre o melhor local onde se hospedar na capital depende muito sobre o que fazer em São Paulo. Negócios? Passeio? Assistir a uma final de campeonato de futebol ou do campeonato de Stock Car? Ver um grande show nas arenas que se transformaram os estádios?
Seja lá o que deseja o visitante, há sempre um bom hotel nas imediações.
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