Ficar no Hotel Diego de Almagro foi como pagar caro para ser torturado. O WiFi? Uma piada. Você vira um equilibrista na janela tentando pegar sinal, enquanto se pergunta por que ainda insiste em acreditar em promessas de propaganda. O café da manhã? Morno, repetitivo e tão criativo quanto uma segunda-feira chuvosa. A limpeza? Só acontecia se você tivesse sorte. Voltávamos cansados e o quarto continuava do mesmo jeito, porque, claro, já era “tarde demais” para a equipe de limpeza.
O banheiro era uma obra-prima do desastre. A privada vivia entupida, e cada descarga era uma performance lenta e constrangedora, sempre deixando algo boiando como um lembrete do fracasso humano. Reclamar era inútil – eles diziam que era "normal". Normal? Talvez para um circo, não para um hotel. A água quente também resolveu tirar férias por mais de um dia. No final, descobriu-se que a caldeira estava desligada, como se ninguém ali soubesse como um hotel deveria funcionar.
Sem ar-condicionado, o quarto virava uma sauna. O ventilador emprestado era tão barulhento que você precisava de tampões nos ouvidos. O carpete, no meio do deserto, acumulava poeira como um imã. E a banheira? Pequena, escorregadia, e com uma saboneteira estrategicamente colocada para te derrubar. Foi caro, cansativo e patético. Um lugar que deveria ser esquecido, não frequentado.