Cancún é, certamente, o lugar que tem o mar mais azul e cristalino que eu já vi na vida. Eu AMEI minha viagem para Cancún. Tem pessoas que não gostam do destino, porque o associam a resorts all inclusive e aquele clima de que tudo é “bastantão”.

Sim, realmente existe essa face de Cancún, mas eu explorei esse lugar de uma forma completamente diferente. Sem all inclusives, sem resorts. Vou contar tudo que você precisa saber, antes de conhecer o Caribe Mexicano, nos mínimos detalhes!

Quando ir a Cancún

No quesito temperatura, Cancún é sempre quente. Entretanto, vale a pena dar uma conferida nas melhores épocas para viajar, antes de montar seu roteiro de Cancún, em virtude de ser uma região com frequentes furacões.

A época de furacões vai de julho a novembro, consequentemente também é a baixa temporada da região. Para quem quer economizar e aproveitar a cidade mais vazia, vale a pena dar uma pesquisada e viajar dentro desse período, pois na maior parte das vezes nada acontece (mas claro que a chance existe, né, então esteja consciente).

As chuvas se concentram mais no período dos furacões, especialmente nos meses de setembro e outubro.

Em Cancún, a alta temporada é no inverno, pois são os meses mais secos, especialmente fevereiro, março e abril. Março é um mês lotado em função do Spring Break das Universidades norte-americanas.

Honestamente, se eu fosse escolher um período para visitar Cancún, seria exatamente o mesmo em que visitei: fim de abril (após a Páscoa) até maio. Acho essa época perfeita, pois é um período seco, mais em conta do que na alta temporada, a cidade não fica lotada e não está dentro do período dos furacões. Tudo de bom, né?

Como chegar a Cancún

Para entrar em Cancún, é necessário apenas passaporte, não há exigência de visto. Entretanto, deve-se ficar atento quanto à eventual conexão nos EUA, pois daí o visto norte-americano é exigido. Não havendo conexão nos EUA, não há com o que se preocupar, apenas portar passaporte válido (sugestão de no mínimo 6 meses de validade) é o suficiente.

Cancún possui Aeroporto Internacional próprio, sendo o principal meio de chegada a este paraíso. Diversas companhias aéreas fazem vôos que levam até Cancún, como Copa Airlines, Avianca, TAM, etc. Vale a pena pesquisar qual está mais em conta para o período da viagem, quantas conexões e o tempo de espera nos aeroportos.

Chegando ao aeroporto de Cancún, são diversas as opções para te levar até o hotel: táxis, vans compartilhadas, transfers privados, entre outros. Eu optei pela van compartilhada, que levou outras pessoas também a seus hotéis. Os preços de cada tipo de transporte é tabelado, independente da empresa o valor é o mesmo.

Moeda de Cancún

A moeda é o peso mexicano, entretanto o dólar também é muito bem aceito em Cancún. Eu levei dólares e lá trocava, aos poucos, por pesos. Algumas coisas valiam a pena pagar em peso, em virtude do cálculo de conversão que o estabelecimento fazia. Isso realmente depende da cotação de cada moeda no momento, então  não tem como dizer o que é melhor ou pior.

Importante: não troque seus dólares no aeroporto! Foi o local com a pior cotação que vi. Na Zona Hoteleira, há diversos pontos de câmbio, o melhor que achei foi um verdinho do CI Banco, na rua paralela à da Coco Bongo.

Como se locomover em Cancún

Para ficar em Cancún especificamente, não é necessário alugar carro. Quem fica hospedado na Zona Hoteleira, dependendo do Km, consegue fazer tudo a pé, que foi o meu caso.

Eu fiquei no Km 8,5 e o centrinho da Zona Hoteleira é no Km 9,5. Dessa forma, conseguia ir aos restaurantes, boates (como a Coco Bongo), casas de câmbio e supermercado a pé. Realmente, ficar pertinho de tudo facilita muito a vida.

Entretanto, quem fica hospedado na Zona Hoteleira em algum Km mais afastado do Km 9,5 também não precisa locar carro. Há ônibus 24 horas na Blvd. Kukulcán, que é a avenida dos hotéis. O ônibus que passa por toda a Zona Hoteleira é o Rota 2.

É realmente muito tranquilo andar de ônibus por Cancún, além de ser muito barato. Utilizei o Rota 2 para ir ao Shopping La Isla, que fica no Km 12,5, e o o Rota 1, que percorre toda a Zona Hoteleira e também leva ao Centro da cidade e ao Porto Juarez. Foi realmente bem agradável.

Cancún é um local muito seguro, dá para andar tanto a pé quanto de ônibus, mesmo durante a noite.

Onde comer em Cancún

Não me hospedei em um hotel all inclusive justamente porque queria explorar Cancún, não ficar presa às refeições no hotel. E posso dizer que lugar para comer (e comer bem), em Cancún, não falta.

Alguns restaurantes em que comi e recomendo: Carlos’n Charles, Beef Fajita Tacos, La Pizzarra e Señor Frogs. Todos ficam na região do centrinho da Zona Hoteleira de Cancun, exceto o La Pizzarra que fica no Shopping La Isla. O que eu mais gostei foi o Carlos’n Charles, fui duas vezes. Além da comida ser uma delícia, os garçons cantam e fazem apresentações, o local é super animado e a decoração é diferente e divertida. Vale a pena conhecer!

O que fazer em Cancún

Curtir muito a praia

Cancún tem algumas das praias mais lindas do mundo. A praia em frente ao meu hotel, no Km 8,5, era linda DEMAIS! Então uma das coisas que eu mais fiz foi curtir aquele marzão azul.

Caminhe pela beira da praia e explore as diferentes tonalidades de azul do mar do Caribe! Durante as caminhadas encontrei vários trapiches que rendem fotos super legais!

Isla Mujeres

Isla Mujeres é uma ilha paradisíaca na frente de Cancún. Vale a pena conhecer esse lugar de águas cristalinas, com um clima mais “relax” do que o de Cancún, menos cidade grande, sabe?

O acesso à ilha é feito através de um Ferry e a travessia demora uns 30 minutos. Na Zona Hoteleira, existem 3 pontos de saída dos Ferrys, sendo eles El Embarcadero (no Km 4), Playa Tortugas (Km 6,5) e Playa Caracol (Km 9,5). Qualquer um deles custava 19 dólares ida e volta.

Pela facilidade e pela rapidez, muitas pessoas vão para Isla Mujeres apenas para passar o dia. Eu recomendo ficar uma ou duas noites para curtir bem o clima do lugar. Alugue um carrinho de golfe para dar a volta na ilha, que é pequena e super fácil de explorar!

Chichén Itzá

Considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, Chichén Itzá é a antiga capital da civilização maia, um lugar incrível, que abriga inclusive a Pirâmide de Kukulkán.

Você pode visitar as ruínas com uma agência de turismo (existem milhares na Zona Hoteleira de Cancún, vendendo esse passeio) ou alugar um carro e ir por conta própria.

Eu optei por alugar um carro para ficar mais livre, mas aviso que o bate-volta é cansativo, pois a viagem demora umas 3h para ir e o mesmo para voltar. Entretanto, o lado positivo do aluguel do carro é conseguir chegar bem cedo e pegar o local vazio, com o sol da manhã menos quente. A entrada custou uns 14 dólares aproximadamente.

Cenote Ik’Kil

O Cenote Ik’Kil fica muito próximo a Chichén Itzá, aproximadamente 3 km. Dessa forma, depois que visitei Chichén Itzá, passei nesse cenote pra me refrescar. O lugar tem uma beleza exuberante e águas geladas e profundas (aproximadamente 40 m). É realmente incrível.

Se for visitar Chichén Itzá com alguma agência/excursão, se informe antes se está incluída a visita a este cenote. A entrada custou uns 5 dólares.

Cenote dos Ojos

Existem dois cenotes lindos de viver nesse local, por isso o nome “Dos Ojos”, que significa “dois olhos”. É um dos lugares mais lindos que visitei no México.

O cenote fica a uma distância de 120 km ao sul de Cancún e a entrada custou aproximadamente 14 dólares. A água é gelada e absurdamente cristalina. Se você tiver máscara e snorkel, recomendo levá-los. Se não, também podem ser alugados no local.

Cheguei ao local com um carro alugado, mas também pode ser comprado o passeio com uma das agências que ficam na Zona Hoteleira de Cancún.

Sítio Arqueológico de Tulum

Antiga cidade maia muralhada, o Sítio Arqueológico de Tulum está situado na costa da Riviera Maya. As ruínas ficam a aproximadamente 130 km ao sul de Cancún e podem ser visitadas com um carro alugado ou em passeios com agências localizadas na Zona Hoteleira de Cancún. A entrada custa uns 5 dólares.

Não deixe de tomar banho de mar em Tulum, admirando as ruínas de dentro d’água!

Coco Bongo

Coco Bongo é a famosa boate do filme “O Máscara”. Para quem está curioso sobre a vida noturna em Cancún, essa boate é imperdível. Na verdade, ela não é apenas uma boate.

Durante a noite, acontecem diversos espetáculos incríveis no palco, cheios de acrobacias, coreografias e luzes. Os shows são realmente fascinantes e os figurinos de cair o queixo. Durante as apresentações todos ficam vidrados, mas entre um espetáculo e outro a noite corre solta, com muita música e agito.

Todos os ingressos são open bar, mas existem alguns mais caros, que dão acesso à área vip e a bebidas importadas.

Parques do grupo Xcaret

Existem diversos parques na região, mas eu visitei apenas dois, o Xel-Há e o Xplor.

O parque Xel-Há é voltado para atividades aquáticas e snorkel. Já o parque Xplor é mais radical, com diversas tirolesas, atividades em cavernas e a experiência de se dirigir um carro anfíbio.

Eu adorei os dois parques! Eles são bem diferentes e tem muita atividade legal. Ambos possuem o sistema all inclusive de refeições e o Xel-Há possui também um open bar. Os ingressos dos dois parques custaram cerca de 160 dólares por pessoa.

Playa del Carmen

A famosa Playa del Carmen fica 70 km ao sul de Cancún. Para mim, esse lugar foi uma mistura de amor e ódio. Eu amei o centrinho, com muitos restaurantes e lojas legais. Muuuuito mais interessante do que o centrinho de Cancun!

Entretanto, não gostei da beira de praia. O mar estava terrível e com mau cheiro, devido aos sargaços, que são cada vez mais comuns nas praias de Cancún. Dependendo da época, fica impossível tomar banho de mar.

Quando eu fui, Cancún estava limpa, o mar do caribe perfeito, mas Playa del Carmen estava terrível. Mesmo assim, vale a pena visitar esse lugar, nem que seja para passear pelas suas ruas cheias de lojinhas maravilhosas e restaurantes deliciosos.

Onde se hospedar em Cancún

A região da Zona Hoteleira de Cancún forma um 7 e é dividida em quilômetros. A parte de cima do 7, que vai até o Km 9, possui águas mais calmas e, consequentemente, mais cristalinas. Do Km 9 em diante o mar já começa a ficar mais agitado, dizem que tem locais que não dá nem para entrar no mar, pois é perigoso. Como não fui na praia após o Km 9, não posso afirmar.

Eu AMO mar cristalino e calmo. Em virtude disso, na hora em que fui escolher o meu hotel, fui muito cuidadosa com a localização dele. Outra coisa que analisei na hora de escolher onde iria ficar foi a questão do all inclusive. Eu não queria all inclusive de jeito nenhum, pois não queria ficar presa ao fato de ter que fazer todas as refeições no hotel.

Eu também não queria pagar por uma diária muito mais cara de all inclusive e sair para comer fora, ou seja, pagar duas vezes. O meu objetivo era EXPLORAR. Dessa forma, depois de muita pesquisa, optei pelo Beachscape Kin Ha Villas & Suites.

Hotel Beachscape Kin Ha Villas & Suites

Recomendo muito este hotel para quem não quer aquele padrão suuuuper luxuoso, pois ele não é um resort, é um hotel normal, mas que supre todas as necessidades.

O hotel fica localizado no Km 8,5, a melhor parte da praia de Cancún, na minha opinião: mar calminho, águas cristalinas, ZERO algas/sargaços (pelo menos na época em que fui). Parecia uma piscina de tão maravilhoso.

Ele não faz aquele estilo Cancún de prédios enormes, muito pelo contrário, são apenas 4 andares. Fiquei em uma suíte com cozinha, pois queria preparar o café da manhã e outras refeições na hora em que quisesse.

O quarto era muito grande, com sala, cozinha completa, banheiro espaçoso, tv, sacada, cofre, secador de cabelo, utensílios de cozinha, tudo o que era essencial. O hotel era bem limpinho e aconchegante, supriu todas as minhas necessidades e a piscina era de bom tamanho (tinha até uma cesta de basquete).

Na beira da praia tinham muitas cadeiras e aqueles guarda-sóis tipo cabaninha de palha, sabe? Isso é realmente MUITO importante, pois vimos vários hotéis que não tinham guarda-sol na beira da praia, apenas na área da piscina. Cheguei a ver o pessoal fazer cabaninha com as próprias cadeiras para se proteger do sol.

A localização do hotel é excelente, não só no quesito mar (maravilhoso!). O Beachscape Kin Ha Villas & Suites fica muito perto do supermercado Chedraui e da região badalada de Cancún, onde ficam os restaurantes e boates.

Eu ia a todos os lugares a pé, fazia compras no mercado para tomar café da manhã, comprava um monte de Corona e Doritos e acampava na beira da praia bebendo e comendo. No hotel, nunca reclamaram por levar comida e bebida para a praia, apenas não pode levar nada de vidro.

Todos os funcionários eram muito atenciosos, respondiam nossas dúvidas, davam informações sobre os transportes e tudo mais. Se eu voltasse a Cancún, com certeza ficaria neste hotel novamente.

Dica: na praia, leve seu próprio cooler com gelo, abastecido com sua bebida preferida. Além de economizar muito comprando a bebida no mercado (no restaurante do hotel é tudo mais caro), você mantém a bebida geladinha o dia todo. Ah! E compre lata! Vidro não pode.

Espero que tenha gostado das minhas dicas sobre Cancún!

Aproveite muito esse paraíso, que é muito merecedor da sua visita. Lembre-se de reservar seu hotel em Cancún pela Hoteis.com e aproveitar todas as facilidades que eles te oferecem.

Viagem para Cancún: tudo o que você precisa saber

A Gabi Pelo Mundo | Autor convidado